O rápido desenvolvimento industrial do Japão começou nas décadas seguintes da Segunda Guerra Mundial. O país que sempre se manteve fechado no seu próprio sistema feudal, passou a receber uma influência enorme do modo de vida Ocidental.
Há quem diga que, se a influência Ocidental não tivesse chegado de forma tão agressiva no Japão, teria acontecido um ciclo natural de desenvolvimento e os resultados japoneses poderiam ser equiparados ou até mesmo, melhores aos do Ocidente. Mas de qualquer forma, não existem dúvidas de que o Japão iniciou uma revolução no Design.
Toda essa movimentação e mudança levantou inúmeros questionamentos nos Designers Gráficos japoneses que buscavam manter a tradicionalidade do país e ao mesmo tempo incorporar as novas referências.
Grandes designers da época de 1920 e 1930, como por exemplo: Ryuichi Yamashiro, Yasaku Kamemura, Masuda Tadashi, Kazumasa Nagai, Ikko Tanaka, Takenobu Igarashi, Tadanori Yokoo, Shigeo Fukuda e Koichi Sato, se inspiraram no construtivismo europeu, futurismo e art decô.
Enquanto aqui no Brasil, na época, estávamos em um processo lento quando se fala em termos criativos, o Japão já esbanjava de conceitos da Gestalt como:
Semelhança;
Proximidade;
Continuidade;
Pregnância;
Fechamento;
Unidade.
O Design pós-moderno
Pulando no tempo, a era do design pós-moderno (1975 - 2000), muitos designers pensaram que a tradição modernista teria se tornado algo acadêmico e perdido sua capacidade de inovação.
Os designers começaram a estabelecer e violar os padrões de grade com o intuito de inverter formas esperadas, passaram a explorar elementos históricos e decorativos e injetar conceitos mais subjetivos aos designs. Essas mudanças implantadas pelos designers é chamada de pós-modernismo e mudou o rumo do design em várias novas direções.
Um dos primeiros designers a fazer uma interrupção das formas e grades convencionais foi Igarashi Takenobu. Depois de estudar os fundamentos do design em Los Angeles, Igarashi começou sua prática de design independente em Tóquio e usou elementos básicos de design - ponto, linha, plano, grades e perspectivas isométricas - como blocos de construção de seu trabalho. O vocabulário de design permitiu-lhe inventar soluções imaginativas. Sua proposta de pôster (1982) para a Expo '85, transforma as letras em formas estruturais separadas para revelar suas estruturas internas. Desse modo, a sua experimentação com a forma cumpre um propósito estético e comercial: as formas desconstruídas fazem claramente referência ao seu cliente, a indústria da construção.
Essa forma de design seguiu até os anos 2000. A partir desse ano, na nova década, começou uma nova era no Design.
Não é à toa que o Japão é referência no design, e não apenas no gráfico. É um dos países mais modernos em relação a produtos e interiores. Toda a história do país no Design fez com que chegassem onde estão hoje.
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