Cartas de baralho são a combinação perfeita entre estética e funcionalidade, já reparou?
Não só na tradição com os familiares, mas também na modernidade, as cartas vem mantendo espaço com o advento da tecnologia que traz jogos populares para os computadores e smartphones, como paciência, poker e buraco.
No Brasil, por exemplo, o baralho tem o dia nacional, comemorado em 13 de setembro.
Sendo uma parte tão presente na nossa cultura, você já parou para analisar o design e a história das cartas?
A história das cartas
Há controvérsias sobre o surgimento das cartas de baralho, há quem acredite que elas surgiram na China por volta do século X, sendo feitas inicialmente de ossos e marfim e, com o surgimento do papel mais pesado a carta passou a ser impressa.
Existem também aqueles que afirmam que sua origem é árabe durante o século XVIII.
Com a evolução dos processos de impressão e fabricação do papel, os relatos sustentam que as cartas já podiam ser encontradas na Europa no século XIV, e começaram a ficar populares em vários países no século XV.
Haviam dois tipos principais de design na Europa nessa época: o parisience (popular na França) e rouennais (popular na Inglaterra).
O baralho como conhecemos hoje, é a fusão da versão espanhola com a francesa e um leve toque inglês. No primeiro modelo, cada naipe representava uma parcela da sociedade naquela época, sendo:
Ouros: simbolizado por moedas de ouro - caracterizando os comerciantes;
Espadas: remetiam os militares;
Copas: quando se traduz do espanhol como taças - retratava o clero;
Paus: reflete a classe operária.
E aí chegou a versão francesa, que remodelou os naipes espanhóis, principalmente porque os símbolos franceses eram mais simples de se produzir em larga escala.
Você deve estar se perguntando, e o toque inglês? Basta reparar nas siglas das cartas do Rei (K - King), dama ou rainha (Q - Queen) e o valete (J-Jack).
O design das cartas
Você já ouviu falar em simetria? O baralho é um belo exemplo no design. O propósito da simetria nas cartas é totalmente funcional: você não pode segurar uma carta de cabeça para baixo.
O princípio básico é fazer o jogo fluir de forma intuitiva, além do design tornar as cartas mais atraentes, na medida em que você não precisa, necessariamente, se preocupar com a disposição das cartas na sua mão, já que, independente de como estejam, você saberá exatamente qual carta está segurando.
Os números e letras inseridos no canto das cartas são estrategicamente dispostos, fazendo que você consiga segurar as cartas bem juntas e ainda assim ver o valor de cada carta. Isso faz com que você consiga segurar várias cartas em uma só mão.
Legal, né?! Conta pra gente, você já sabia de alguma dessas informações?
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